Papel estratégico ainda é desafio para profissionais de RH

Equipes de recursos humanos estão atreladas a processos burocráticos de pessoal, de acordo com pesquisa

Gustavo Coltri

O Estado de São Paulo – 01/06/2014 Caderno empregos – pg. 3

Ser cada vez mais estratégica para os negócios passou a ser a principal missão da área de recursos humanos nas organizações, em um cenário de crescente internacionalização das economias, fusões e aquisições. Mas uma pesquisa da consultoria Hay Group com 1.400 companhias de 80 países indica que dois terços dos profissionais da área consultados não consideram que exercem essas novas tarefas plenamente bem.
 
CEO Challenges 2013, do The Conference Board
 700 É o número de líderes de negócios de todo o mundo que indicaram na pesquisa internacional os recursos humanos como principal desafio
 30% É quanto os gestores das empresas mais admiradas do mundo se atentam mais ao capital humano do que os demais líderes, de acordo com a pesquisa Hay Group + Fortune
 2/3 É a fração de profissionais de RH que consideram falhar na tarefa de exercer um papel estratégico para os negócios nas organizações, segundo levantamento do
 
“Quando perguntamos se o RH tem de ter um papel estratégico, os líderes das organizações dizem que sim. Mas quando perguntamos se ele exerce esse papel, tanto gestores quanto profissionais da área acham que não”, diz a diretora do Hay Group, Vanessa Fernandes.
O RH, segundo ela, ainda tem uma atuação muito mais voltada para procedimentos técnicos de pessoal em grande parte das organizações. Nas mais avançadas, no entanto, duas preocupações são crescentes: inovação e pessoas. “As empresas se diferenciam pelo foco no capital humano, olham para as pessoas como algo que vai fazer a diferença para o negócio.” (Mais informações no final do artigo)
O rápido crescimento do Grupo Fleury na última década fez com que a organização adotasse, no ano passado, uma série de medidas para aumentar a capacidade de atrair e reter colaboradores. “A empresa fez mais e 25 aquisições, e nossos processos sofreram um pouco. Oitenta por cento dos nossos colaboradores têm contato direto com os clientes, e 70% dos nossos custos são com gente, o que torna nosso desafio maior ainda”, diz o diretor executivo de pessoas, estratégia, inovação e sustentabilidade da companhia, Marcelo Cardoso.
Denominado “Jornada de Transformação”, o projeto começou a ser implantado em outubro e deve durar três anos, em várias frentes. O grupo pretende anunciar no segundo semestre a criação de uma escola profissionalizante na área da saúde, em parceria com instituições parceiras, para formar trabalhadores para o mercado e para si há falta de mão de obra qualificada na área. Além disso, está implantando planos internos de desenvolvimento de carreira.
O RH está atualmente delineando as trilhas de crescimento hierárquico para os trabalhadores e começou a implantar,este ano somente com gestores, a chamada avaliação 360º – método em que o desempenho é auferido depois de pareceres dos próprios colaboradores, dos colegas deles e dos seus gestores. “Estamos à procura de pessoas que querem seguir carreira na área de saúde”, diz. O índice de desistência no Grupo Fleury é de 26% e deve cair, se as medidas tomadas surtirem o efeito esperado, para um dígito porcentual, segundo Cardoso. O maior problema para a organização está na área operacional, especialmente o call center, com índice de aproximadamente 50%. “O importante é que elas entendam para onde a empresa vai. E termos um plano de desenvolvimento pessoal para elas.”
Para a consultora empresarial Surama Jurdi, o maior desafio das equipes de recursos humanos é entender bem o cliente final da empresa, conhecer o propósito do negócio e preparar os colaboradores de acordo com essas orientações. “Quando contrato um colaborador, tenho de mostrar a missão da empresa, e ele tem de conhecer as regras com clareza, saber onde está, onde pode chegar e o que deve fazer para chegar lá.”
Para Surama, falta nas organizações brasileiras uma cultura de serviços para os colaboradores, que, em geral, não sabem exatamente o que as empresas esperam deles. “A missão da Disney, por exemplo, é deixar as pessoas felizes, e todos lá sabem disso. A pessoa da limpeza sabe que a razão para que ela faça o trabalho dela é esse: deixar os clientes felizes.” Ela acredita que a educação continuada nas empresas seja o canal pelo qual o RH deva atuar.
Líderes.
Na opinião da presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Leyla Nascimento, o preparo das lideranças é essencial, porque os colaboradores enxergam a empresa e os líderes como parte de uma coisa só. Em outros termos, grande parte dos desligamentos se dá por causa da insatisfação dos funcionários com relação às suas chefias imediatas.
COMPETÊNCIAS
Alinhamento
O RH deve entender o negócio e os fatores externos que interferem nas necessidades da organização para estabelecer um plano com práticas de capital humano.
● Aposta
O RH deve focar nas ações que podem fazer diferença para o negócio. Os processos básicos devem ser mantidos, simplificados.
● Uniformidade
Algumas empresas podem pedir diferenciações regionais, por grupo ou segmento. Se esse for o caso, as distinções devem ser pontuais, aplicadas se forem úteis.
● Estrutura integrada
O RH precisa estar integrado ao dia a dia da organização, por isso deve estar preparado para atuar nas unidades de negócio
● Pragmatismo
A execução do plano pode exigir mudanças e adaptações. Não esquecer o que é essencial facilita no gerenciamento das ações.
● Preparo
A equipe de RH não pode deixar de se qualificar. O intercâmbio com outras áreas da companhia pode facilitar a atualização

Brilhar na Vida

Há algum tempo, venho pensando em como tornar visível o potencial de uma pessoa, para ela mesma e para o mundo. O que ocorre é que muitas vezes não enxergamos o potencial que existe dentro de nós. É preciso  o olhar do outro para que possamos ver em nós as habilidades, qualidades e competências que mostramos no nosso dia a dia.
O caminho para conhecer o potencial passa necessariamente pelo autodesenvolvimento. É quando olhamos para trás e nos damos conta das etapas que cumprimos e dos desafios que enfrentamos; é quando ouvimos os feedbacks sobre nossas atitudes e nos reposicionamos no mundo. Isto nos torna mais forte e confiante para enfrentar novas situações.
Quão fortes produtivos e felizes seremos ao utilizamos nosso pleno potencial? Cônscio da sua capacidade e do seu poder de realização, aonde você poderá chegar? E qual será a repercussão ao expressar este potencial nos negócios, na organização, na comunidade e no mundo?
Este é o caminho, buscar o autoconhecimento para reforçar nossos talentos, habilidades e dons  para brilharmos na vida.
Nelson Mandela ilustrou muito bem o que estou dizendo no seu discurso de posse como presidente da África do Sul em 1994.
“Nosso maior medo, não é o de sermos inadequados.
Nosso maior medo é o de sermos poderosos, além da medida.
É nossa luz, não nossa escuridão o que mais nos apavora.
Perguntamos a nós mesmos:
Quem sou eu para ser brilhante, esplêndido, talentoso e fabuloso?
Na verdade, porque não seria?
 Você é um filho de Deus. Bancar o pequeno, não serve ao mundo.
Nada nos esclarece no sentido de nos diminuirmos, para que outras pessoas não se sintam inseguras em torno de nós.
Nascemos para tornar manifesta a glória de Deus dentro de nós
Ela não está em alguns de nós, está em todos nós.
 E quando deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos a outras pessoas permissão para fazer o mesmo.
Quando nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta outros”.
 
Marli Pereira da Silva
Diretora da Logos Desenvolvimento Profissional
Membro do Instituto EcoSocial
Dez/2013

Você sabe qual o custo de um profissional mal contratado?

Em recente artigo publicado pela Association Of Executive Search Consultants – AESC, foi apontado o risco e o custo potencial da má contratação de um executivo.

Estima-se que o custo de reposição de um profissional é de cinco vezes o salário anual deste executivo, ou superior, de acordo com o nível de senioridade.

É sempre melhor ter cautela e ser profissional na hora de fazer uma contratação. Com o envolvimento de uma consultoria de recrutamento ou não, alguns processos são essenciais para evitar possíveis enganos.

Muitas vezes a etapa de busca de referências nos candidatos é subvalorizada. Gestores que falham ou que são influências negativas prejudicam não só a eles mesmos, mas também todos aqueles que trabalham no mesmo time.

Salário, bônus, garantias, benefícios, são exemplos de custos que somados podem chegar a quantias altíssimas no caso de um executivo ser dispensado.

Fonte:Revista Você RH